A palavra cinema vem do grego kinema, que tem como função descrever
o movimento que estamos assistindo. Artisticamente falando o cinema é a 7ª - de
11 - na posição das artes, dividindo espaço com música, fotografia e até mesmo
histórias em quadrinhos! Mas há alguns dias eu fiz uma reflexão e me vi pensando
na seguinte pergunta: o que me fez gostar de cinema?
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| Cena de Violação De Conduta (2003) |
Quero dizer: quando foi que o cinema me atraiu? Ou então:
qual foi o filme cuja experiência me causou um sentimento
que culminou na pergunta do parágrafo acima? E então eu fiz uma espécie de
backtracking, a fim de solucionar a indagação - que, confesso, me causou uma
certa angústia e ansiedade em respondê-la. Para não ser muito extenso em minha resposta
vou destacar com detalhes apenas dois filmes, e listarei mais alguns outros ao
final da publicação. Sem mais enrolações aponto para: Violação De Conduta
(Basic, 2003) e Blade Runner - O Caçador de Androides (Blade Runner, 1982).
Violação De Conduta (Basic) - Este filme lançado em 2003 conta a história de um destacamento dos boina verdes, do exército norte-americano, que realizava um exercício simulado mas desaparece misteriosamente. Os poucos sobreviventes contam histórias divergentes e a investigadora Osborne acaba solicitando a ajuda de um especialista: o veterano Tom Hardy (John Travolta).
O elenco é recheado contando não apenas com Travolta, mas também Samuel L. Jackson, Connie Nielsen e mais alguns. Quando eu era bem mais novo assisti a este filme pela primeira vez num corujão da TV aberta, e marcou um momento onde eu descobri um filme cuja história não era linear como na maioria dos filmes. Não preciso dizer que assistir a Violação de Conduta foi difícil pois eu nunca havia assistido a um filme com essa narrativa, e só vim compreendê-lo anos mais tarde. Infelizmente, Violação De Conduta não é dos filmes mais famosos ou queridos, quiçá bem avaliado pela crítica especializada.
Blade Runner, O Caçador de Androides - Na época da internet onde Orkut e o MSN reinavam - o YouTube veio bombar após 2010 - era comum nós lermos blogs e acessar fóruns de internet também. Hoje o Facebook condensou quase tudo isso. Numa dessas visitas a procura de conteúdo diferente acabei encontrando algumas dicas muito interessantes que vim a considerar meus filmes favoritos posteriormente, lógico que um deles seria Blade Runner, o Caçador de Androides (1982). Quando resolvi assistir Blade Runner eu acabei dormindo pois estava muito exausto e não esperava que o filme tivesse uma cadência mais lenta. Porém acordei exatamente no monólogo de Roy Batty e aquele momento me intrigou muito, pois logo o androide que Deckard caçava acabou o ajudando, sentou próximo a ele e dialogou. Aquilo foi completamente inusitado! Até hoje é um momento de tirar o fôlego e de emocionar bastante. A cena não saía de minha mente e acabei assistindo o filme novamente - e nem preciso dizer que gostei muito.
Abraços,
Kike