Quando eu assisti Guerra nas Estrelas pela primeira vez, tudo aquilo ficou gravado na minha memória. A começar pelo deserto de Tatooine, passando pelas viagens abordo da Millenium Falcon ou o que mais tarde viria a ser o que mais me interessava: o duelo de sabres de luz. Star Wars tem um aspecto audiovisual muito marcante e tudo o que vemos e ouvimos nos soa familiar até hoje, além da trama familiar construída e que envolve bilhões de outros indivíduos espalhados pelos mais distintos mundos.
Em 1999 resolveram contar a história de ascensão e queda de Anakin Skywalker, mostrando sua caminhada como sensitivo à Força, seus estudos no caminho jedi e terminando em sua derrocada e inclinação ao lado sombrio. Tudo isso manipulado por Shev Palpatine - o famigerado Darth Sidious. E há alguns anos, mais precisamente em 2015, uma nova trilogia se iniciou, e desta vez vemos o fim da família Skywalker. Fomos apresentados à novos personagens mas nunca abandonando as origens que nos fez gostar desta saga.
Plot do filme
Shev Palpatine vive. O primeiro trailer foi como um sombrio vislumbre do futuro, como tudo poderia ser jogado nas trevas sob a batuta de Darth Sidious. Pudemos ver os restos da Estrela da Morte II, e também Rey treinando no caminho jedi. Tendo ciência de que os jedi não mais existem, quem então estaria treinando a jovem? O filme se inicia com a notícia de uma nova frota imperial, tendo cada nave uma arma destruidora de planetas. Rey e seus amigos precisam encontrar uma maneira de alcançar Sidious e confrontá-lo, e isso se dá com a busca por um artefato cuja forma é a de uma adaga. Esta adaga contém inscritos em Sith que poucos conseguiriam traduzi-lo.
Prós:
- Química – Rey, Finn, Poe, Chewie, R2... Todos os personagens possuem uma química absurda. Ok que alguns deles conhecemos desde 1977, mas houve um entrosamento muito bem feito desde O Despertar da Força.
- Ação – Em contrapartida a Os Últimos Jedi, o Ep. IX é repleto de ação e momentos tensos.
- Mescla de gerações – Lando Calrissian, Finn, Leia Organa, Rey, Chewie, BB-8. Todos eles formam um conjunto como abordado no primeiro tópico, e esta mescla de gerações se mostra muito bem-feita desde o início desta trilogia.
- Fator diversão – Este é um fator que pesa muito em todos os filmes, e em A Ascensão Skywalker você o tem muito presente mesmo com algumas derrapadas e deslizes. É um filme muito divertido de se assistir.
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Contras:
- Trama inconsistente – Parece que os outros dois episódios não permearam uma base tão sólida para o desfecho, a sensação que fica é que O Despertar da Força e Os Últimos Jedi são um capítulo à parte nisso tudo. O plot é bem narrado, mas sua inconsistência está em nos apresentar certos elementos do nada.
- Batalha final – A derradeira guerra neste universo foi pouco explorada, sua importância foi muito secundária, deixando o foco para outro momento que não posso mencionar aqui (pelo menos não nesta postagem, sem spoilers).
- Escolhas – Como esta matéria é sem spoilers, vou mencionar de maneira genérica e sem nomes nem fatos. Infelizmente algumas escolhas se desenrolaram de maneira questionável – e nem falo sobre a escolha em si, e sim do seu desenrolar (a maneira como aconteceu).
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Veredicto
Star Wars: A Ascensão Skywalker é um filme que traça um caminho seguro. Diverte, apresenta-se misto em nostalgia e novos ares, arranca risos e nos emociona também. É uma obra que se apresenta de uma maneira bem completa, por assim dizer. Após assisti-lo compreendo perfeitamente a crítica e sua nota mediana, entende-se que tudo o que vimos nos outros dois filmes foi, de certa maneira, ignorado neste novo episódio. Ao se criar uma nova trilogia deve ser pensado em construir um caminho para que o terceiro filme seja o desfecho, e não nos apresentar elementos totalmente novos e que não houve nenhuma pista sobre eles anteriormente. Parece que decidiram de última hora certas coisas, uma pena, mas ainda assim é um filme muito divertido e empolgante de assistir. Nota 6,5.
Nos próximos dias sairá uma resenha com spoilers e uma discussão mais aprofundada sobre o que vimos neste último Star Wars. Fiquem ligados.
Abraços,
Kike