Friday The 13th: a “consagração” da sexta-feira 13 no cinema e na cultura pop


Olá amigos do Estante! Hoje é sexta-feira, 13, já assistiu algum filme do Jason aí? Talvez sim, mas será que não caberia também assistir algo relacionado aos Cavaleiros Templários ou ao Cristianismo? Não entendeu nada, né!? Deixa-me contar para vocês, acompanhem a matéria.

A franquia Friday The 13th iniciou-se lá no início da década de 80, e ajudou a popularizar os filmes “slasher” – andando de mãos dadas com Halloween e A Hora do Pesadelo. Victor Miller fez o roteiro e a direção ficou por conta de Sean S. Cunningham. O famoso matador mascarado com equipamento de hóquei começava a engatinhar naquela época – aliás vale mencionar que todo mundo se surpreende ao saber que Jason nem sempre usou a tal máscara de hóquei, tal artefato veio a ser parte de sua indumentária apenas do 3º filme em diante. O que mais chocou no desenrolar do filme é o gore, com cenas bastante grotescas e muito sangue na tela.

Por ser um filme de terror, Sexta-Feira 13 ajudou a popularizar a data por um outro caminho – que não o ensino. Digo isso pois a data é símbolo de “coisa ruim” desde muito antes, talvez o séc. XVIII ou XIX tenham contribuído muito para que, na religião, o número em si tenha viés negativo. Além disso algumas lendas envolvendo os Cavaleiros Templários também contribuíram para que o número e o dia da semana causem arrepios, porém, neste aspecto, tudo tem sido um tanto quanto mais recentes – ou pelo menos não tão antigos quanto o primeiro jeito, mas ambos culminam em um único “problema”.

Em outras palavras, um pouco de lenda e um pouco de teologia culminaram em um único “problema”: a sexta-feira 13 ia ser uma data que não teria paz. Já que não teve, que tal um filme para tirar a paz dos outros também, não é mesmo?

CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

A Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, ou ainda a Ordem dos Cavaleiros Templários, começou com apenas 8 monges que se tornaram cavaleiros com o dever de proteger a rota para os fiéis chegarem a Jerusalém sem sofrer nenhum assalto muçulmano. Em pouco tempo, o voto de pobreza dos primeiros cavaleiros culminou em uma ordem militar poderosíssima com efetivo para travar guerras, inclusive. Os anos se passaram e um rei em específico estava de olho nas riquezas acumuladas dos Templários, e armou um plano para que fossem presos e julgados por heresia. A condenação? Arder na fogueira, claro.
Knightfall (HBO)

Então, em 13 de outubro de 1307 (sexta-feira), o rei Filipe IV, o Belo, convenceu o Papa Clemente V de que os Templários adoravam outro Deus – ou então de que eram gnósticos, algo assim – fazendo com que sua armadilha resultasse em uma dívida quitada com os cavaleiros. Prisão perpétua, morte na fogueira, tortura... Tudo isso fez parte do roteiro que resultou no fim da Ordem, cinco anos mais tarde, em 1312. Jacques de Molay, o último grão-mestre dos cavaleiros, chegou a ser raptado na calada da noite para ser queimado na fogueira, foi quando lançou sua “maldição” sobre o rei Filipe – mas em março de 1314, no entanto.

Filipe IV morreu no mesmo ano, uns dizem que de derrame cerebral, outros que foi em um acidente de caça. Luís X assumiu, mas morreu poucos anos depois, deixando um filho que também morreu poucos dias após nascer. Filipe V, filho de Filipe IV, assumiu, mas morreu sem deixar herdeiros. O trono passou para seu irmão, Carlos IV, que faleceu antes dos 30 anos e também sem deixar um herdeiro masculino. Encerrava-se então, em 1328, a Dinastia Capetiana iniciada por Hugo Capeto, em 987, e que durou cerca de 300 anos no poder.

CRISTIANISMO

O cristianismo também deu uma roupagem nada bela à sexta-feira 13. Primeiro que o número representa a quantidade de pessoas presentes na Santa Ceia, sendo doze apóstolos mais Jesus Cristo. Judas Iscariotes, o traidor de Cristo, é geralmente o #13 nessa história toda, e a sexta-feira marca o dia em que Cristo foi crucificado. O resultado: a sexta-feira passou a ser um dia considerado de mau-gosto. Aliado a tudo isso era na sexta-feira 13 que os lobisomens se transformavam e as bruxas saíam para se reunir e planejar feitiços e – pasmem – bruxarias.
A Santa Ceia (1495/98): por Leonardo da Vinci
Então é isso aí, espero que tenham gostado da leitura. Compartilhem com os amigos e comenta aí qual seu filme favorito para assistir numa sexta-feira 13!

Abraços,
Kike
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Referências

Sexta-feira 13. O sanguinário azar dos templários franceses - https://observador.pt/2017/01/13/sexta-feira-13-o-sanguinario-azar-dos-templarios-franceses/