Control: Um filme sobre Ian Curtis (In Memoriam)

Olá amigos do Estante! Ontem fez 40 anos que Ian Curtis, vocalista do Joy Division, cometeu suicídio em sua residência. O cantor, guitarrista e compositor viveu seus 23 anos em meio a conquistas, problemas de saúde e relacionamentos em crise. No entanto os 23 anos de Curtis foram suficientes para ele deixar um legado musical que se popularizou com a facilidade que a internet oferece. Recentemente algumas canções inéditas da antiga banda foram publicadas, mas em 2007 o diretor Anton Corbijn lançou a cinebiografia 'Control' abordando Ian e o Joy Division.

A filmografia enxuta com 9 filmes pode ser um engano a olhares desatentos - o diretor foi responsável por clipes de grupos como Depeche Mode, Echo & the Bunnymen e até do próprio Joy Division. Anton é nascido nos Países Baixos e realiza seus trabalhos desde a década de 70 quando ainda fotógrafo. Corbijn trabalhou com Robert Pattinson em Life (2015), Phillip Seymour Hoffman e Willem Dafoe em A Most Wanted Man (2014), entre outros.

IAN CURTIS

Ian Curtis nasceu em Stretford, Lancashire - Inglaterra - e casou-se cedo com Deborah Woodruff, apenas com 19 anos. Após um show do Sex Pistols, Ian e Peter Hook e Bernard Sumner decidiram formar uma banda também. Stephen Morris chegou depois, após ser o único a atender um alerta de procura para alguém ser o baterista da banda. Joy Division foi o segundo ou terceiro nome que a banda pensou em conjunto, e foi o que deu mais certo embora sua origem seja um tanto polêmica. A inspiração veio do livro "The House of Dolls" que retrata um campo de concentração que continha uma ala para "necessidades sexuais" dos soldados - tal ala chamada Joy Division. Em 18 de maio de 1980, Ian Curtis cometeu suicídio e restaram lembranças que sua esposa transformou em livro e também em sua filha, a fotógrafa Natalie Curtis.
Ian nos palcos

CONTROL (2007)

A cinebiografia é em preto e branco, que transmite a sensação melancólica que pairava sobre a juventude britânica daquela época. O punk rock estava em decadência e o post-punk e a new wave davam seus primeiros passos rumo a um período muito mais duradouro. Assim como as bandas formadas nos anos 60 e começo dos anos 70, a música era a forma mais palpável de arte e fazer com que aquele trabalho se tornasse relevante. A vida de Ian Curtis foi um turbilhão de sentimentos condensados em 23 anos, um misto de paixão, poesia, música e tristeza. Ninguém sequer imaginava que algumas das letras eram escritas por Ian retratando sua própria vida, seus sentimentos mais íntimos expostos e convertidos em arte, que ficaram para a eternidade.

Joy Division ainda é uma banda de juventude, mesmo 40 anos depois de ter acabado. Talvez a juventude seja escrita nestes contrastes, um degradê que sai do minimalista e, às vezes, alcança a tonalidade explosiva.

Abraços,
Kike
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Referências