[Saga Marvel] X-Men: O Filme, de Bryan Singer

Muito bem, queridos leitores! Iniciei uma nova saga aqui no blog, agora vou explorar o Universo Marvel permeado em várias mídias diferentes.


X-Men - O Filme

Lançamento - 2000

Diretor - Bryan Singer

Roteiro - David Hayter

Elenco - Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Ian McKellen (Eric Lensherr/Magneto), Patrick Stewart (Professor Charles Xavier), Fame Janssen (Jean Grey), Halle Berry (Ororo Munroe/Tempestade), James Marsden (Scott Summers/Ciclope), Ray Park (Mortimer Toynbee/Groxo), Rebecca Romijn (Raven Darkholme/Mística)

Sinopse - Nascidos em um mundo cheio de preconceitos, estão algumas crianças que possuem poderes extraordinários e perigosos resultado de mutações genéticas. Sob a orientação do Prof. Xavier, eles aprendem a direcionar seus poderes em prol da humanidade.

Opinião - O primeiro filme da saga X-Men coloca nos trilhos 2 personagens para conduzir a trama. Marie, uma adolescente que absorve a habilidade das pessoas que ela toca, e Wolverine, um lunático que tem garras de adamantium e fator de cura extraordinário. Ambos contrastam um com o outro, sendo a Vampira uma personagem que deseja tocar as pessoas sem lhes fazer mal, e Wolverine um brutamontes que deseja cada vez mais distância das pessoas, com medo de lhes machucar. As duas personagens servem para conduzir o expectador para dentro do universo que ali estão criando. É como se nós fôssemos inseridos no filme, pois a história se desenrola a partir do ponto de vista da Vampira e do Wolverine, onde eles descobrem sobre os mutantes, sobre a Escola Xavier Para Jovens Superdotados, assim como quem irá antagonizar com eles: a Irmandade dos Mutantes comandada por Eric Lensherr, ou ainda, o Magneto. Vale ressaltar que Wolverine é facilmente o mais velho de todos os personagens, porém dentro do tempo do filme é mencionado que ele perdeu a memória há 15 anos, fazendo com que isso também o transforme em um adolescente assim como a Vampira.

Hugh Jackman foi o grande protagonista da primeira trilogia, interpretando Wolverine

Apesar do início ambientado na Segunda Guerra Mundial, o filme passa a focar em assuntos mundanos, numa válida tentativa de humanizar os mutantes. Quem entrou na sala do cinema esperando uma crise mundial, logo de primeira, teve a expectativa suprimida. Pois ali vimos que os mutantes passam perrengue, pedem carona, sentem fome e frio. É só então que começamos a entender seus dramas pessoais e criamos empatia por eles. Bingo! O filme acertou na mosca.

Aliás os heróis são acolhidos na Mansão Xavier, comandada pelo telepata de mesmo nome que transformou aquele lugar em uma escola para jovens mutantes, que estão com dificuldades em lidar com seus poderes. Este conceito soa como as escolas que não aceitavam pessoas negras nos anos 50-60 nos Estados Unidos, e passavam a frequentar centros como a Mansão Xavier foi para os mutantes nos quadrinhos. Xavier rivalizava com seu velho amigo Magneto, no que entendiam em como tratar a humanidade conforme a humanidade lhes tratou.

Os personagens Mística e Magneto, interpretado por Ian McKellen

Magneto e Xavier também são contraste um do outro, e quanto mais descobrimos suas nuances, maior o grau de complexidade estabelecido nesta relação. Logo de cara descobrimos que Magneto foi um jovem judeu em plena Segunda Guerra; já Xavier teve infância e adolescência num bom padrão de sociedade. Ambos sofreram muito quando descobriram seus poderes, porém em contextos diferentes, e isso enriquece a relação dos dois personagens que foram amigos outrora, mas um determinado evento foi o catalisador da quebra desta aliança. Ambos querem viver em paz, mas o caminho para a conquista deste objetivo é o que os difere um do outro. Quem cresceu num lar rodeado de oportunidades, tem a preferência pelo convívio mútuo; já Eric conheceu o lado mais podre e perverso do ser humano, por isso os odeia e alimenta a estigma de que isso se aplica à todos no seu entorno. 

Curioso como os X-Men sempre se colocam como inferiores em situações tensas

Um cresceu e se moldou na guerra, já o outro adota o diálogo. Ambos são o extremo de uma linha muito tênue, que é abalada a partir do momento em que decisões de ambos os lados afetam quem está neutro nesta situação. Já quem está no comando, apenas observa num primeiro momento. Esta relação é como um jogo de xadrez, onde um movimento mal calculado pode colocá-lo em xeque-mate. Curiosamente este clássico jogo de tabuleiro é visto nos filmes com certa frequência e ajuda a contextualizar a trama, com narrativa cheia de vitamina.

Bom, meus amigos, a primeira publicação desta saga se encerra por aqui. Conforme ela for avançando e ganhando novos capítulos, vou inserir um sumário com todas as publicações já lançadas e link para todas elas.

Abraços,

Kike