Muito bem, amigos do Estante! Cá estou para mais uma matéria no blog, e a publicação de hoje é quase um call to action. Talvez você não tenha ouvido falar nem no filme, nem na série - ou sequer nas HQs - mas vale a pena conferir. Bora lá?
O cinema nacional é livre de amarras, mas também sofre muito para suas produções verem a luz do dia. É muito caro fazer um filme, uma série. Tu tem sob sua supervisão inúmeras pessoas e precisa garantir que elas estejam bem acomodadas, com condições de trabalho e tudo mais. Porém um movimento no estilo "vá, e faça" surge cada vez mais forte. Em 2018 o comediante Danilo Gentili lançou o filme, de sua autoria, intitulado "Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro". Um filme de terror trash com toques de humor, devido ao elenco recheado por comediantes como Léo Lins, Murilo Couto e até mesmo Dani Calabresa. Neste ano uma série, que é sequência do filme, está sendo exibida nas madrugadas de quarta-feira do SBT - se fosse há alguns anos, seria facilmente exibida no Cinema em Casa em plena tarde de sol. Pois era assim que as coisas aconteciam (quem não assistiu A Volta dos Mortos-Vivos ou Christine, o Carro Assassino depois do almoço?).
Exterminadores do Além conta a história de um grupo que é influencer no YouTube, produzindo um conteúdo fake na internet. Jack (Danilo), Túlio (Murilo Couto) e Fred (Leo Lins) são caçadores de assombração e "criam" (literalmente) conteúdo para a internet, ao forjar algumas situações a fim de parecer que o local filmado é assombrado. O que eles não imaginam é o seguinte: e se o local realmente for mal assombrado? É isso o que cada episódio nos entrega. A premissa é muito boa e logo de cara identificamos algumas homenagens e referências, que é a essência dos filmes e séries e muito bem utilizada nessa produção independente.
A série é uma belíssima produção, pois capricha na fotografia, nos cenários, tem efeitos especiais de primeira linha e muito sangue. A série aposta no gore, a tal da violência explícita, contrastando com o humor e as atuações péssimas (as atuações, neste caso, dão um tom de humor na obra por serem propositalmente ruins). O roteiro é bem simples mas muito interessante, tem cara mesmo de uma produção feita entre amigos e entregue para outros amigos.
LENDAS URBANAS vs. FOLCLORE
O filme abordou uma lenda urbana, sugestivo pelo próprio título do filme. Já a série aborda lendas urbanas criadas, de acordo com o contexto da nossa sociedade de hoje em dia. O contexto atual no qual vivemos sempre será a fonte para muitas criações, e sem sombra de duvidas essa integralidade com a internet, podcast, YouTube e influencers será um facilitador disso. A pesquisa flui muito mais fácil e fica mais instantâneo a busca por alguma novidade.
Claro que há uma possibilidade circulando a série, que é o folclore nacional. Será que no futuro, talvez num próximo filme, ou na próxima temporada da série, teremos a exploração do folclore nacional?
Então ficamos por aqui. Espero que tenham gostado da leitura.
Abraços,
Kike