Num dia lavava pratos, noutro monta em dragões

Nunca desistam dos seus sonhos. Por mais difícil que parte desta caminhada pareça, é importante tentar manter o foco, desapegar temporariamente se for preciso mas voltar com o dobro do gás. Nada vem fácil.

Eu estava órfão de série. Confesso que, mesmo com aquele final lamentável de Game of Thrones, a série me fez falta. Não somente por ela em si, seu enredo e personagens grandiosos, mas toda a preparação que a série nos incitava. Assistir Game of Thrones era um evento! Até aprendi a beber vinho para acompanhar alguns personagens, tudo aquilo ficava mais gostoso.

Então, D.B. Weiss e David Benioff resolveram apressar as coisas. Eles terminaram a série às pressas, a fim de entrar no universo Star Wars, porém surgiu algo no meio do caminho e eles perderam a viagem. E não só isso: todo o trajeto feito em Game of Thrones foi jogado no lixo por nada. Triste. Mas ponderando toda esta amargura: nada tira o brilho da caminhada iniciada em 2011.


A relutância me venceu e nada pesquisei sobre a nova série House of the Dragon, um derivado de Game of Thrones que conta a história de integrantes da família Targaryen, cerca de 200 anos antes dos eventos da série original. Pedaço de trailer aqui, teaser acolá, acabei me auto convencendo a assistir ao primeiro episódio do derivado. O elenco me chamou a atenção, inclusive.

Até eu entender o plot da série, pouco a pouco fui me ambientando com os personagens. Todos interessantes, como George R. R. Martin brilhantemente sempre soube fazer. Porém a vida real nos reserva alguns personagens e enredos bem inusitados. Não que isso seja um defeito, mas sim que nós, meros mortais, não esperamos que certas coisas aconteçam com os titãs da televisão e do cinema. Milly Alcock, a protagonista Rhaenyra Targaryen, conta que soube que foi aprovada para o papel enquanto cozinhava para uns amigos. Contou à sua mãe. Sabia também que, a partir de então, não precisaria mais lavar pratos e nem morar no sótão de sua família. Mily é gente como a gente. Não desistam.

Abraços,

Kike